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Monday, July 6, 2009

Patológico ou Adaptado?


Muitas vezes, os Psicólogos têm tendência a patologizar os seus utentes. Porque existe sofrimento, porque existem desvios, porque existem personalidades específicas que, de acordo com guias e manuais atribuem essa designação ao sujeito. É uma tendência que se torna “defeito” de profissão. Contudo, nem todas as possíveis patologias ou tipos de personalidade são, necessariamente, alvos a transformar ou elementos a curar. Nem todos estes casos implicam sofrimento associado. Muitas vezes, sem a dita patologia, o sujeito não conseguiria integrar-se na sociedade.

Como exemplo temos algumas figuras ligadas à política que devido a certas características de personalidade se conseguem manter activas num estilo de vida provocativo, ofensivo e mesmo destruidor de qualquer mente dita mais “sã”. Nos meios de comunicação ou mais artísticos, encontramos algumas personalidades histriónicas, dramáticas e “coloridas” que procuram determinados cargos para poderem sobressair. O meio da gestão, contabilidade e economia está cheio de personalidades obsessivas. Sem estas características, seria impossível fazer um trabalho rotineiro, rigoroso e de pormenor. O meio desportivo de alta competição também tem alguns casos que, no divã, receberiam rótulos marcantes. Sem certos traços era impensável treinar dias a fio até ao vómito, pedir ao corpo um esforço inimaginável e desafiar todas as regras da sanidade. Assim, o problema existe se o seu “portador” sentir que o mesmo implica sofrimento. Caso contrário, o tratamento pode até acabar com as possibilidades de integração e ajustamento social do indivíduo.

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