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Sunday, June 20, 2010

Mentes Criminosas à Portuguesa - jornal Impacto da Região



NO DIVÃ
publicado no Jornal Impacto da Região

“Mentes Criminosas” à portuguesa

Todos os dias ouvimos falar de criminalidade. Sentimo-nos mais ou menos seguros, assistimos a conflitos na televisão, vemos séries em vários canais por cabo que nos fazem mergulhar nesse perigoso e fascinante mundo que é o “crime”. Estas novas novelas da geração do Séc. XXI fizeram disparar o número de candidaturas a cursos de Psicologia Criminal e Psicologia Forense. Inspirados por mentes brilhantes como a do Dr. Reid (Criminal Minds) ou pela sensibilidade de Horatio Caine (CSI Miami), centenas de alunos correm para Universidades que lhes possam “garantir” que virão a ser iguais ao seu personagem favorito, desvendando os insondáveis mistérios do crime, entrevistando Serial Killers qual Clarice (Silêncio dos Inocentes) ou traçando o perfil psicológico de um psicótico em fuga.

A Psicologia Criminal, efectivamente, dedica-se ao estudo do comportamento criminoso – esse comportamento desviante da norma social que desencadeia e é desencadeado por uma cadeia de eventos sociais / individuais / familiares. A Psicologia Criminal procura, assim, encontrar medidas preventivas, compreendendo os processos mentais que levaram o indivíduo à senda da criminalidade. Alguns Psicólogos Criminais acabam por trabalhar em IPSS de apoio a vítimas (alguns pagos, outros voluntariamente) contudo, poucos conseguem entrar para o contexto prisional. Na sua grande maioria, aqueles que pensavam acompanhar assassinos como o Ted Bundy ou Wayne Gacy acabam por acompanhar (e com um excelente trabalho) vítimas de violência ou negligência. Este acompanhamento é de extrema importância pois não se podendo seguir o criminoso a fim de minimizar as recidivas, é essencial dotar a vítima de empowerment, quebrar o ciclo de violência e permitir-lhe a escolha de outro percurso de vida.

No entanto, não é este o trabalho com que sonham 70 ou 80% dos estudantes que abraçam estes cursos. O facto de escolherem uma àrea tão específica, impossibilita-os ainda de poder exercer a sua actividade noutro campo mais abrangente (clínica, educacional ou organizacional). Ficando “presos” à Psicologia Criminal, acabam por se dedicar muitas vezes ao voluntariado que – no limite – assume contornos de permanência até ao aparecimento de um outro trabalho qualquer, mais ou menos qualificado. O segredo está na escolha de um campo mais vasto, podendo depois o estudante fazer a sua especialização (ao nível do ensino superior ou através de pequenos cursos livres) na àrea de eleição.

O Instituto Leopoldo Guimarães, em Palmela, tem as suas inscrições abertas para o curso de Introdução à Criminologia, sendo dos poucos (único?) local na zona com formação nesta àrea tão específica. Para mais informações podem sempre contactar o Instituto ( geral@institutolg.com Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar ) ou escrever para o e-mail consultas.psicologiaclinica@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript activado para o visualizar .

Tatiana A. Santos
Psicóloga Clínica, Doutoranda em Psicanálise
consultas.psicologiaclinica@gmail.com
T1: 936783972 (TAG) | T2: 918369881

Friday, June 18, 2010

Saramago


"...a solidão não é viver só, a solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós..."

Por José Saramago In "O Ano da Morte de Ricardo Reis"

Wednesday, June 16, 2010

A Psicologia no Combate à Dor


DO OUTRO LADO DO ESPELHO
publicado a 16 de Junho de 2010 no Jornal do Pinhal Novo

Tatiana Santos*


A Psicologia no combate à Dor


A dor é algo que está presente em diferentes momentos das nossas vidas. Quando me refiro à dor neste artigo, dirijo-me especificamente à dor física, não estando a falar – neste caso – de dor ou sofrimento psicológico primários. Contudo, esta dor física, quando prolongada, promove em grande parte o desenvolvimento de perturbações do humor, depressões, problemas relacionais, etc. Por isso, este texto é sobretudo destinado aquelas pessoas que sofrem de dor crónica. Esta dor crónica pode ser derivada de fibromialgia, pode ser ginecológica (endometriose, p.ex.), pode ser dor óssea ou articular (artrite, reumático, osteoporose, etc.) ou pode ser dor oncológica (provocada, quer pela própria doença, quer pelos tratamentos inerentes: quimioterapia, radioterapia). Todos sabemos que viver demasiado tempo com dor física torna-se limitador, desmotivador e responsável por muitas outras situações de desgaste psicológico.

Porém, como definir o que é dor? Qualquer definição de dor é subjetiva. A experiência da dor envolve associações entre elementos da experiência sensorial e o estado provocado e percebido pela pessoa. A dor é um estímulo que produz efectivamente uma sensação dolorosa contudo, produz sensações físicas mas também cognitivas e emocionais. Cada pessoa vive a dor de forma diferente – única e intransmissível.

A Psicologia Clínica tem actuado com sucesso em casos de dor crónica. Quer pela criação de unidades de dor em alguns hospitais, quer através do acompanhamento feito em consultórios privados. Várias técnicas podem e devem ser utilizadas para minimizar casos graves de dor. Em alguns locais recorre-se à hipnose. Noutros, utiliza-se uma “espécie” de estado hipnótico que mais não é que a indução de imagens, locais e situações passíveis de atenuar a dor.

Através desta sugestão – a que damos o nome de “Imagética” ou “Visualização Mental” - dotamos o paciente de uma ferramenta importante a que poderá recorrer sempre que jugue necessário. Para além da Imagética, existem técnicas específicas de relaxamento. A calma e o bem-estar obtido permitem uma redução substancial da dor. O acompanhamento psicológico associado permite ainda ajudar o paciente a corrigir o que está errado na sua relação com o corpo, com outras pessoas e com as suas próprias emoções. É uma oportunidade de reorganizar e reintegrar o que é percebido como desestruturado. Para marcar a sua consulta da dor ligue 918369881 ou escreva para consultas.psicologiaclinica@gmail.com.

*Psicóloga

Sunday, June 13, 2010

Consulta da Dor (Alverca, Palmela, Lisboa)

Consulta da Dor

É um serviço em que se trabalha com o objectivo de reduzir a dor e o sofrimento associado e reabilitar o funcionamento psicológico e social do doente com dor crónica.

Não é apenas acompanhado o sintoma de dor, mas a pessoa que sofre com a dor numa perspectiva global melhorando a sua qualidade de vida.


• Dores de Cabeça
• Fibromialgia
• Nevralgias
• Lombalgias
• Dor Crónica (ginecológica, oncologica, articular)

Tuesday, June 1, 2010

Psicanálise, vista nos anos 40

Sonhos: literatura do sono


artigo publicado no Jornal do Pinhal Novo, a 1 de Junho de 2010


DO OUTRO LADO DO ESPELHO

Tatiana Santos*


Sonhos: literatura do sono


“Julgar-se-ia bem mais correctamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa”, dizia Vítor Hugo, na peça os Miseráveis. O sonho é uma experiência fascinante que pode assumir os significados mais diversos, estejamos nós a debatê-lo de acordo com o contexto científico, religioso ou cultural. Neste artigo, vamos abordar o sonho da perspectiva que me é mais cara: a da Psicologia ou, mais concretamente, da Psicanálise. Como todos os Psicólogos sabem e também alguns curiosos acerca da matéria, uma das obras mais importantes de Freud foi talvez “A Interpretação dos Sonhos”. Segundo o pai da Psicanálise, “o sonho é a via real para o inconsciente”. O nosso mundo onírico tem extrema importância no acesso aos conteúdos inconscientes do psiquismo. Freud, começou por auto-analisar-se através da interpretação dos seu próprios sonhos e hoje em dia, milhares de Psicólogos e Psicanalistas recorrem à interpretação de sonhos como meio facilitador de acesso ao nosso inconsciente. No entanto, os sonhos não são uma invenção de Psicólogos ou do mundo moderno. Sempre fizeram parte da vida das pessoas, desde a Grécia antigo, onde também eram interpretados pelas pitonisas da ilha de Delfos.

À Psicanálise o que interessa é compreender o sonho. O seu significado surge das associações livres que o paciente faz com o seu conteúdo. Do sonho recordamos apresentações visuais, auditivas, etc. que depois de analisadas nos podem dar a conhecer algo que chamamos de “conteúdo latente”. Ou seja, não aquilo que primeiro se manifesta mas o que poderá estar omitido e ser representado simbolicamente através do que é descrito. Para isso, é necessário conhecer que significados e experiências o paciente atribui às imagens que descreve. Enquanto algo pode ser assustador e estar conotado com experiências negativas para uma pessoa, para outra pode ser apaziguador e transmitir boas sensações. Os livros de sonhos vendidos nas feiras e livrarias, que parecem máquinas de produzir significados “chapa-5” em massa são um engano para quem quer, realmente, conhecer-se através do seu mundo inconsciente e onírico. A análise de sonhos é – de facto - uma área fascinante. A ela se pode e deve recorrer nas sessões de Psicologia e de acompanhamento terapêutico, quando bem utilizada. Se quer conhecer-se melhor, se tem pesadelos recorrentes, se tem problemas do sono ou necessita de algum esclarecimento pode contactar-me no Espaço de Psicologia do Centro Social de Palmela, através do e-mail consultas.psicologiaclinica@gmail.com ou pelo telefone 918369881.



*Psicóloga