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Saturday, April 3, 2010

Vencer o Nervosismo


Coluna: Do Outro Lado do Espelho
publicada no JORNAL DO PINHAL NOVO a 30 de Março de 2010

A ansiedade é normal no ser humano. É inerente à espécie e todos nós a sentimos cada vez que nos deparamos com situações aparentemente ameaçadoras ou complicadas. Os problemas que se prolongam no tempo, como as dificuldades financeiras ou o desemprego, deixam-nos ansiosos.

Habitualmente, a este estado, damos o nome de “preocupação” pois trata-se de uma situação a longo prazo. Se, por outro lado, esta ansiedade é pontual e se trata de uma resposta imediata a uma situação perigosa (estar à beira de um precipício ou em situação de assalto), chamamos “medo”. Ao contrário do que possamos pensar, estas emoções são úteis. São elas que nos protegem e fazem parte do nosso instinto de sobrevivência. Avisam-nos dos perigos, dão-nos sinais importantes e fazem com que estejamos mais preparados para resolver as situações.

Então, quando é que a ansiedade dita normal passa a barreira do aceitável e é importante procurar ajuda? Quando estes sentimentos se tornam demasiado fortes e contínuos no tempo podem ser muito prejudiciais. Impedem-nos de estabelecer relações, de trabalhar ou mesmo de dormir e descansar.

A ansiedade tem, na maioria das vezes, sintomas diversos. Muitos deles, físicos. Entre aqueles que “não se vêem” está o estado permanente de preocupação, cansaço, falta de concentração, irritação e problemas de sono. Dos sintomas que são transmitidos ao corpo percebem-se arritmias cardíacas, sudação, dores musculares, dificuldades de respiração, tonturas, vertigens, problemas gástricos e mesmo intestinais. Ora, o que se passa é que, muitas vezes, confundimos estes sinais como indicadores de outras doenças: gástricas, cardíacas, pulmonares, etc. Muitas pessoas dão entradas nos hospitais com sintomas de “ataque cardíaco” e têm sim um ataque... mas de pânico.

Cerca de uma em cada dez pessoas terá perturbações de ansiedade ao longo da sua vida. Algumas vezes o motivo é claro. Outras vezes, a causa poderá estar “escondida” e gravada em episódios das nossas vivências que são de difícil acesso. Não podemos descurar também a possibilidade da ansiedade ser desencadeada por consumos de drogas, LSD, cafeína em excesso, etc. Para isso, precisamos da ajuda de alguém especializado. Não hesite em consultar um técnico que o possa ajudar.

1 comment:

  1. Fantástico como em meia dúzia de linhas se pode descrever um problema que levou mais de um ano a ser diagnosticado ao meu pai...

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