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Thursday, May 14, 2009

(Hiper) Actividade?



Actualmente, a maior parte dos membros da comunidade médica parece ter “dedo rápido no gatilho” no que toca a diagnosticar às nossas crianças a tão badalada Hiperactividade. Nestes diagnósticos não se despistam outras causas para o aparente excesso de movimentação. Parece que nem o facto de serem apenas crianças justifica a agitação. Este diagnóstico acaba por vir facilitar a vida dos pais e prestadores de cuidados que não têm tempo e, muitas vezes, paciência para o turbilhão de movimentos de uma criança. A Ritalina dá-lhes uns momentos de descanso antes ou depois de um dia de intenso trabalho. Não há espaço para o brincar a que, felizmente, outras gerações de crianças tiveram direito sem rótulos patológicos.

É também importante referir que as crianças se comportam de modo diferente dos adultos. Um adulto deprimido manifesta-se através de um abatimento a que se podem associar a outros sintomas. Uma criança poderá manifestar a presença de uma depressão através de um aumento da sua agitação. Daí que a depressão infantil possa confundir-se com Hiperactividade e aparecer mascarada pelo movimento. Fenómenos sociais e problemas nas relações de pares poderão também justificar a falta de atenção que muita vez ocorre na escola. Quando obtiver um diagnóstico de hiperactividade para o seu filho, não o aceite como única hipótese explicativa. Procure sempre uma opinião de um técnico de Psicologia. Existem outros diagnósticos possíveis que precisam também ser despistados e outras terapêuticas sem ser a farmacológica.

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Email: tatiana.a.santos@clix.pt

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