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Friday, May 29, 2009

O Corpo e a Comunicação Social (Cancro da Mama)



A opinião geral é de que os meios de comunicação social são uma fonte de imagens e mensagens extremamente influente acerca do corpo idealizado pelo qual mulheres e raparigas lutam (Anderson & DiDomenico, 1992). Sendo assim, e segundo Monro & Huon (2005) a exposição a estas imagens idealizadas conduz a um aumento da vergonha do corpo e ao surgimento de ansiedade. Segundo Maltby, Giles & Barber (2005) um dos mais temidos efeitos dos media é a «glamourização» das celebridades e modelos, promovendo corpos irreais e inatingíveis.

Carter (2003) refere ainda o papel das revistas médicas da especialidade nas quais aparece sempre a imagem de uma mama, coisa que não sucede com o cancro testicular, por exemplo. Para além disso, as fotografias que são referidas dizem respeito a mamas jovens e não velhas, a corpos saudáveis e não doentes não sendo apresentados por mulheres com cancro da mama mas por modelos. Outras vezes a mama cancerosa que aparece nem sequer é de carne mas sim um desenho computorizado como se estivesse separado do corpo da mulher.

Segundo Light (1995) a cobertura mediática raramente reflecte o medo e o tormento quotidiano que sente quem vive com cancro. Isso torna-se mais doloroso numa cultura que vende carros e computadores utilizando, para isso, várias partes do corpo da Mulher. Richins (1991) também refere que depois de ver imagens de modelos, as mulheres – no geral – descrevem-se como menos satisfeitas com a sua aparência física. Assim sendo, esta atitude é extremamente difícil de suportar para quem tem uma mama amputada e, desta forma, a sua aparência. Para além disso, as imagens transmitidas pelos media – sobretudo as enquadradas num contexto publicitário (ex.: produtos de modificação de peso) – promovem a ideia de que a forma e tamanho corporais são flexíveis. Assim sendo, levam a crer – segundo Brownell (1991) – que atingir esses resultados é fácil.

Referências Bibliográficas:

Brownell, K.D (1991) Dieting and the search for the perfect body: Where physiology and culture collide. Behavior therapy, 22, pp. 1-12.

Carter, T. (2003) Body Count: Autobiographies by Women Living with Breast Cancer. Journal of popular culture, 36(4), p. 653.

Anderson, A. & DiDomenico, L. (1992). Diet vs. shape content of popular male and female magazines: A dose-response relationship to the incidence of eating disorders? International journal of eating disorders, 11(3), pp. 283–287.

Light, R. (1995) Breast cancer and body image. Retirado da página Breast Cancer Action: http://www.findarticles.com/p/articles/mi_qa3693/is_199411/ai_n8725003/pg_2 a 16 de Abril de 2006.

Maltby, J., Giles, D. & Barber, L. (2005) Intense-personal celebrity worship and body image: Evidence of a link among female adolescents. British journal of health psychology, 10(1), pp. 17-32.

Monro, F. & Huon, G. (2005) Media-portrayed idealized images, body shame, and appearance anxiety. International journal of eating disorders, 38(1), pp. 85-90.

Richins, M. L. (1991) Social comparison and the idealised images of advertising. Journal of consumer research, 18, pp. 71-83.

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