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Thursday, May 7, 2009

O Último Tabú



Em primeiro lugar quero frisar que as opiniões expressas na coluna “Mente Sã” traduzem a minha opinião pessoal acerca dos temas e não retratam qualquer ponto de vista institucional. O tema de hoje é, novamente, polémico. Desde tenra idade, todos os tabús vão sendo transpostos e quebrados. Com o advento da Internet, maior acesso se passou a ter a todo o tipo de assuntos. A sexualidade foi uma das primeiras barreiras a cair com o passar dos anos. O sexo na Internet, nas televisões, na literatura tem sido uma constante na evolução do Homem. A morte – por sua vez – é a última fronteira. Não é cedo que dela existe uma real percepção. Por isso, recorremos à fé para que tenhamos algum suporte nesta enigmática missão que é viver e deixar de o fazer. Há os que acreditam num Mundo melhor, em Inferno, Céu e meios-termos, há aqueles que se preocupam com o que fazem hoje para terem boa vida amanhã e há os que não se ralam muito com o dia-a-dia porque, “assim como assim” já está tudo estragado no pós-vida.

O facto é que viver é um dos poucos (senão o único) direito alienável de que dispomos. Por mais que choque a maioria da comunidade pró-vida, contra-aborto, pró-etc. o facto é que manter uma pessoa em estado vegetativo durante 17 anos numa cama, não só não assegura os tão apregoados direitos humanos, como os viola: os da paciente e os da família. Os familiares e amigos precisam de ter a oportunidade de fazer o luto e a pessoa em questão precisa ter o direito a morrer com alguma dignidade. O problema é haver quem lhe chame ainda o terrível e quase Adamastor nome de “Suicídio Assistido” em vez de “Eutanásia” ou “Morte Digna”. Este é um tema (entre inúmeros) que precisa de ser debatido e falado ao nível governamental.

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